(Foto: Reprodução) Lei foi sancionada nesta quinta-feira (3) e o novo status deve trazer mais proteção e também turismo de observação responsável do animal. Arara-azul é instituída como animal símbolo de MS
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A espécie arara-azul-grande se tornou animal símbolo de Mato Grosso do Sul. A instituição aconteceu nesta quinta-feira (4) após a aprovação da lei nº 6.442.
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Segundo o Instituo Arara Azul, o novo status ajuda a espécie a ter mais visibilidade para proteção, ciência e também para o turismo de observação responsável.
Espécie vulnerável
A arara-azul é considerada a maior espécie do mundo da família Psittacidae e pode medir até 1 metro de comprimento da ponta do bico a ponta da cauda.
De acordo com o Instituto Arara-azul, a espécie é considerada uma ave social, que vive em família, bandos ou grupos. “É difícil encontrá-las sozinha em vida livre. Elas são aves conspícuas e apresentam certa fidelidade aos locais de alimentação e reprodução. Jovens e casais não reprodutivos se reúnem em dormitórios, que além de proteção, parecem funcionar como verdadeiros 'centros de troca de informações'. Estão entre as aves mais inteligentes do grupo das aves”.
Classificada como vulnerável, a arara-azul vem sofrendo nos últimos anos com impactos ambientais que têm causado prejuízos à espécie. Em 2022, ninhos monitorados pelo instituto foram completamente destruídos por incêndios que atingiram o Pantanal, em Mato Grosso do Sul.
O Instituto Arara Azul nasceu com o objetivo de respaldar juridicamente as ações do Projeto Arara Azul e, a partir de 2004, passou a gerenciar e administrar os recursos recebidos por esse projeto e por outros, inclusive, de pesquisadores parceiros. O Instituto Arara Azul é presidido pela Profª. Dra. Neiva Guedes.
Entre as ações do instituto, estão o monitoramento de ninhos naturais e artificiais da espécie, em uma área de 400 mil hectares. Anualmente, mais de 1600 monitoramentos são realizados no Pantanal de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. No bioma, são cerca encontrados cerca de 5 mil indivíduos da espécie.
Além da arara-azul, o instituto apoia ainda o estudo da biologia reprodutiva das araras-vermelhas, tucanos, gaviões, corujas, pato-do-mato e outras espécies que coabitam com a arara azul no Pantanal.
Nascimento de filhotes de arara-azul-grande é filmado pela primeira vez
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